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terça-feira, 13 de julho de 2010

Mãe, uma pessoa influenciadora

Rev. Hernandes Dias Lopes
O estadista americano, Abraão Lincoln, décimo sexto presidente dos Estados Unidos, afirmou que as mãos que embalam o berço, governam o mundo. Mesmo tendo perdido sua mãe muito cedo, Lincoln disse que tudo o que era e tudo o que viria a ser devia à sua mãe. John Maxwell, o maior expoente sobre liderança cristã, na atualidade, afirmou que liderança é, sobretudo, influência. Ser mãe é ser líder, pois ninguém influencia os filhos mais do que as mães. A mãe carrega os filhos no coração, no ventre, nos braços, no bolso, nos sonhos. Em face disso, quero destacar quatro pontos importantes:
1. Mãe, uma pessoa que influencia os filhos pela oração – Muitas mães influenciaram decisivamente a vida de seus filhos pela oração. Ana orou por Samuel antes dele nascer e o consagrou a Deus depois que ele nasceu. A mulher Cananéia não desistiu de rogar a Jesus por sua filha e prevaleceu pela oração. Mônica orou por Agostinho trinta anos até vê-lo salvo. Ambrósio disse mais tarde que um filho de tantas lágrimas não poderia se perder. Suzana Wesley, mesmo tendo dezenove filhos, dos quais apenas nove chegaram à fase adulta, tirava uma hora por dia para interceder pelos filhos. Essa mãe orou pelo reavivamento espiritual da Inglaterra e Deus levantou seu próprio filho João Wesley para dar início àquele despertamento. Hoje, precisamos de mães que ousem interceder pelos seus filhos e que jamais abram mão de vê-los no altar do Senhor.
2. Mãe, uma pessoa que influencia os filhos pelo ensino da Palavra – A mãe é uma educadora. A palavra da sabedoria e a instrução da verdade devem estar em seus lábios. Eunice e Lóide ensinaram a Timóteo as sagradas letras desde a sua infância. Essas sagradas letras o tornaram sábio para a salvação. Joquebede ensinou Moisés em sua infância e ele veio a se tornar o maior líder da história de Israel. A Palavra de Deus diz que esse ensino precisa ser respaldado pelo exemplo, uma vez que o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única maneira eficaz de fazê-lo. Antes de inculcar nos filhos a Palavra, essa Palavra precisa estar em nosso coração. Precisamos de mães educadoras, de mães que invistam tempo no ensino da Palavra a seus filhos.
3. Mãe, uma pessoa que influencia os filhos pela piedade – Há muitas pessoas que têm um alentado conhecimento da Palavra, mas não são piedosas. Há outras que têm uma agenda robusta de oração, mas são desprovidas de piedade. Precisamos de mães firmes na Palavra, comprometidas com a oração, mas, também, mães que reflitam na vida a beleza de Cristo. Precisamos de mães que transformem conhecimento em vida, teologia em piedade, mães que sejam cheias do Espírito Santo. Precisamos de mães que sejam prudentes no falar, irrepreensíveis na conduta, sensatas no agir e paradigma dos fiéis na santidade. Precisamos de mães que influenciem seus filhos a andar com Deus.
4. Mãe, uma pessoa que influencia os filhos pela correção – Muito embora, a disciplina dos filhos seja da responsabilidade do pai, a mãe também exerce com legitimidade essa função. Uma mãe nem sempre dá aos filhos o que eles querem, mas o que eles precisam. O papel da mãe como educadora não é agradar sempre os filhos, mas prepará-los para a vida, ensinando-os a amar a Deus e a serem responsáveis na vida. A disciplina é um ato responsável de amor. A disciplina pode no momento trazer lágrimas e dor, mas ao fim produz os frutos da justiça. A mãe precisa corrigir os filhos também preventivamente, alertando-os para os perigos que os cercam. Como a águia, a mãe deve colocar o ninho dos seus filhos nos lugares altos, longe dos predadores (Jó 39.27,28).
Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Venho me perguntando o que faz as pessoas optarem pelo casamento se contam com outras alternativas para a vida a dois. A justificativa mais comum para o casamento é o amor. Mas devemos considerar que o amor é uma experiência cuja definição está em xeque não apenas pela quantidade enorme de casais que “já não se amam mais”, como também pelo número de pessoas que se amam, mas não conseguem viver juntas. Talvez por estas duas razões — o amor eterno enquanto dura e o amor incompetente para a convivência — nossa sociedade providenciou uma alternativa para suprir a necessidade afetiva das pessoas: relacionamentos temporários em detrimento do modelo indissolúvel. Mas, mesmo assim, o número de pessoas que optam pelo casamento em sua forma tradicional, do tipo “até que a morte vos separe”, cresce a cada dia. Acredito que existe uma peça do quebra-cabeça que pode dar sentido ao quadro. Trata-se da urgente necessidade de desmistificar este conceito de amor que serve de base para a vida a dois. Afinal de contas, o que é o amor conjugal? Para muitas pessoas, o amor conjugal é confundido com a paixão. Paixão é aquela sensação arrebatadora que nos faz girar por algum tempo ao redor de uma pessoa como se ela fosse o centro do universo e a única razão pela qual vale a pena viver. Esta paixão geralmente vem acompanhada de uma atração quase irresistível para o sexo, e não raras vezes se confunde com ela. Assim, palavras como amor, paixão e tesão acabam se fundindo e tornando-se quase sinônimas. Este conceito de amor justifica afirmações do tipo: “sem amor nenhum casamento sobrevive”, “sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena”, “é o sexo apaixonado que dá o tempero para o casamento”. Minha impressão é que todas estas são premissas absolutamente irreais e falsas. Deus justificou a vida entre homem e mulher afirmando que não é bom estar só. Nesse sentido, casamento tem muito pouco a ver com paixão arrebatadora e sexo alucinante. Casamento tem a ver com parceria, amizade, companheirismo, e não com experiências de êxtase. Casamento tem a ver com um lugar para voltar ao final do dia, uma mesa posta para a comunhão, um ombro na tribulação, uma força no dia da adversidade, um encorajamento no caminho das dificuldades, um colo para descansar, um alguém com celebrar a vida, a alegria e as vitórias do dia-a-dia. Casamento tem a ver com a certeza da presença no dia do fracasso e a mão estendida na noite de fraqueza e necessidade. Casamento tem a ver com ânimo, esperança, estímulo, valorização, dedicação desinteressada, solidariedade, soma de forças para construir um futuro satisfatório. Casamento tem a ver com a certeza de que existe alguém com quem podemos contar apesar de tudo e todos.
A certeza de que, na pior das hipóteses e quaisquer que sejam as peças que a vida possa nos pregar, sempre teremos alguém ao lado. Nesse sentido, não é certo dizer que sem amor nenhum casamento sobrevive, mas sim que sem casamento nenhum amor sobrevive. Não é certo dizer que sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena, mas sim que sem relacionamento nenhuma paixão vale a pena. Não é o sexo apaixonado que dá o tempero para a vida a dois, mas a vida a dois que dá o tempero para o sexo apaixonado. Uma coisa é transar com um corpo, outra é transar com uma pessoa. Quão mais valiosa a pessoa, mais prazeroso e intenso o sexo. Quão menos valorizada a pessoa, mais banal a transa.
Assim, creio que podemos resumir a vida a dois, entre homem e mulher, idealizada por Deus, em três palavras que descrevem um casal bem-sucedido:
Um casal bem-sucedido é um par de amantes.
Um casal bem-sucedido é um par de amigos.
Um casal bem-sucedido é um par de aliados.
São três letras A que fornecem a base de uma relação duradoura. Amante se escreve com A. Amigo se escreve com A. Aliado se escreve com A. E não creio ser mera coincidência o fato de que todas as três, amante, amigo e aliado, se escrevem com A… A de amor.
Ed René Kivitz